O tempo de João Castelo e os tempos atuais...
Sua forma de administrar está simplesmente fora de contexto em relação ao período em que ele administra São Luís.
João Castelo foi governador do Maranhão entre 1979 e 1982.
Depois disso, exerceu apenas um mandato de oito anos de senador e dois de deputado federal – com intervalo de oito anos de ostracismo entre eles.
Neste período de 30 anos, não exerceu mais nenhum cargo público de responsabilidade administrativa ou gerencial.
Nem o mais empedernido oposicionista é capaz de negar que Castelo foi um tocador de obras em seu período de governo. Ele mesmo faz questão de exaltar esta qualidade política.
Fez o Castelão, o Maiobão, a Cidade Operária, parte do Cohatrac, o Italuís, o Hospital dos Servidores, a Casa do Trabalhador…
Mas há que preço?
Castelo foi tocador de obras na época em que não havia Ministério Público, as leis de Meio Ambiente eram incipientes, a imprensa tinha ainda mais amarras e a Lei de Responsabilidade Fiscal não era sequer cogitada no país.
Que diriam hoje os estudos ambientais sobre o projeto Italuís? O Castelão seria aprovado pela LRF? Como se posicionaria o Ministério Público na construção do Maiobão e da Cidade Operária?
Exatos trinta anos depois de governar o estado, João Castelo assumiu a Prefeitura de São Luís.
Não há sinais de avanço nas rotinas administrativas. A centralização de poder, característica de Castelo, é a mesma.
E o desejo de fazer quase sempre atropela as condições para fazer.
Por isso é que ainda não conseguiu levar adiante a construção do hospital de emergência prometido em campanha – derrubado pelas leis ambientais.
Por isso é que não conseguiu levar a cabo obras como o prolongamento da Litorânea e o viaduto da Forquilha – derrubados pela falta de relações políticas.
Por isso não consegue implantar a tabela do IPTU – derrubado pela força de fiscalização do Ministério Público.
João Castelo é, sem dúvidas, um tocador de obras dos mais qualificados do Maranhão.
Só precisa adequar suas práticas aos tempos em que vive…
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