terça-feira, 3 de maio de 2011

Fornecimento de água é cortado nas praças de Caxias.

Praça do Panteon, no centro da cidade. Plantas e árvores
ameaçadas pelo corte de água da Prefeitura
     Depois de derrubar dezenas de árvores na Veneza, apesar do protesto de alunos da UEMA e de muita repercussão negativa da iniciativa diante da opinião pública, a Prefeitura Municipal de Caxias agora parte para as Praças da Cidade.
     Em uma medida drástica e cercada de críticas, o Prefeito Humberto Coutinho deu ordem para que fosse cortado o fornecimento de água para todas as praças da cidade de Caxias. Uma matéria com a nova medida administrativa desastrosa  foi veiculada pela imprensa governista nesta segunda-feira 02/05.
     A justificativa para a investida contra o fornecimento de água nos logradouros públicos, foi a de que algumas pessoas estariam utilizando as torneiras para a lavagem de automóveis. Em algumas praças do centro da cidade é possível constatar a veracidade desta informação. A medida porém tira de maneira drástica e violenta o pão de cada dia de dezenas de famílias que tiram dessa atividade o sustento de suas casas, e as plantas e as gramas ficam agora ameaçadas de morrer, tendo em vista que já começou o período do verão.
Na Terra das Palmeiras de Gonçalves Dias, a natureza
é condenada à morte pela Prefeitura. Através
da derrubada e pelo corte de água.
     Antonio da Silva lava carro na praça da Matriz há mais de 8 anos e é com o pouco que fatura ali diariamente que sustenta a mulher e três filhos. Ele disse está indignado e decepcionado com a atitude violenta da Prefeitura, que deveria criar uma alternativa para que os lavadores de carros continuassem trabalhado. "Eles deveriam era incentivar quem quer trabalhar e não maltratar assim quem está aqui de sol a sol buscando o sustento da família" desabafa o lavador. 
     Os lavadores de carro reclamam que ninguém os procurou para que uma medida alternativa fosse tomada, já chegaram cortando, "eles nos trataram como bandidos, nós somos pais de família, só queremos trabalhar, porque não criam uma maneira da gente pagar alguma taxa, eles só vem aqui falando mansinho no tempo da eleição" protesta outro lavador que está há 5 anos na atividade.
     A direção do SAAE alega que haveria desperdícios, mais a única forma de se aguar as plantas de algumas Praças na cidade, seria somente através das torneiras que ali existem há dezenas de anos. Já que a instituição planeja um racionamento, seria necessário encontrar uma maneira de continuar aguando antes que as plantinhas sequem, e uma alternativa também aos lavadores, que correm o risco de verem suas famílias passarem fome.

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